segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Senado aprova obrigação de faróis acesos durante o dia em rodovias e túneis

Brasília – A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nessa quarta-feira projeto de lei que torna obrigatório trafegar com faróis baixos ligados durante o dia em rodovias e túneis iluminados. Votada em caráter terminativo, a matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados. Se o projeto for aprovado sem alterações na outra Casa, seguirá à sanção presidencial e terá um prazo de 100 dias para entrar em vigor.

“O uso de faróis acesos no período diurno é um elemento fundamental para a segurança do trânsito, porquanto antecipa a visualização do veículo a uma distância maior”, argumentou o autor do projeto, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O parlamentar acrescentou que já há uma recomendação do próprio Conselho Nacional de Trânsito (Contran) sobre essa necessidade. No entanto, Eunício Oliveira ressaltou a necessidade de transformar essa “recomendação” em norma legal, a ser incorporada no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

LEI EM VIGOR 

Em Minas Gerais, a Lei Estadual nº 12.558, em vigor desde 1997, torna obrigatório o uso de farol baixo para veículos em trânsito nas rodovias do estado mesmo durante os dias claros. A justificativa para aprovação da lei foi a melhoria da visibilidade tanto para motoristas quanto para pedestres, tornando mais seguras as viagens. Desde então, dados da Polícia Rodoviária Estadual comprovam uma redução no número de acidentes e também de pedestres vitimados.

Com a experiência bem-sucedida, estados como São Paulo e Rio de Janeiro também adotaram a regra. Outro exemplo é a Suécia, que era recordista em desastres automobilísticos e passou a ser um modelo de segurança no trânsito a partir da determinação de obrigatoriedade de faróis acesos durante o dia.
Fonte: Jornal Estado de Minas/16/02/2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mercado e Negócios México não aceita renegociar acordo automotivo Brasil insistirá na revisão nesta quinta-feira, 9


  Redação AB, com informações da Agência Estado e Agência Brasil

O México não aceita rever o acordo automotivo com o Mercosul, informou comunicado oficial divulgado pelo parceiro comercial do Brasil na quarta-feira, 8. "Devido à importância bilateral do Acordo de Complementação Econômica, o governo mexicano não buscará renegociá-lo", diz o documento.

O ACE, assinado em 2003, fez o comércio de automóveis subir de pouco mais de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2011, além de desenvolver a indústria regional de autopeças. De 2003 a 2011 o México teve um déficit de US$ 10 bilhões com o acordo no segmento de automóveis. Considerando todos os bens negociados entre os dois países, o déficit sobe para US$ 22 bilhões, segundo cômputo do governo mexicano.

Lu Aiko Otta escreve no Estadão que o lado brasileiro insistirá no diálogo nesta quinta-feira, mas a disposição dos mexicanos em mudar as regras é zero. As reuniões em Brasília foram acertadas em telefonema entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do México, Felipe Calderón, depois que o Brasil ameaçou romper de forma unilateral o acordo automotivo.

Do lado brasileiro, participaram das reuniões na quarta-feira o subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antônio Simões, e a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Os representantes mexicanos são o subsecretário de Comércio Exterior, Francisco Rosenzweig, e o subsecretário de Relações Exteriores, Rogélio Granguillhome.

O Brasil pede maior participação de conteúdo regional na produção dos veículos, além da inclusão de caminhões, ônibus e utilitários no benefício de alíquota reduzida.

Fonte: Site automotivebusiness/09/02/2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Paz no trânsito

Emplacamentos de janeiro têm alta de 9,8% sobre 2011

O balanço de janeiro da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores) provavelmente deixou suas afiliadas otimistas para o restante de 2012. Os licenciamentos do primeiro mês do ano alcançaram um total de 252.659 veículos (automóveis e comerciais leves), volume 9,8% maior que o registrado em janeiro de 2011, quando foram licenciadas 230.144 unidades. A alta foi tão boa para um começo de ano que a (esperada) queda de 23,2% na comparação com dezembro (329.188 unidades) nem fez barulho.
Do total de emplacamentos, 25,3% foram carros importados (a maioria do Mercosul e do México). Estes somaram 67.437 modelos, total 28,1% menor que os 93.765 veículos emplacados em dezembro passado, mas consideráveis 17,7% maior comparados às 57.304 unidades de janeiro de 2011. Segundo a associação das montadoras, essa redução já reflete o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para importados, que começou a valer em meados dezembro.
Em relação à produção, houve queda de 13,4% causada pelas férias coletivas, tradicionais no período de fim de ano. No mês de janeiro foram produzidas 207.249 unidades ante as 239.318 de dezembro. Já em comparação com o primeiro mês de 2011, a queda foi menor: 6,6% (221.798). Já as exportações sofreram queda de 32,6% em janeiro (31.242) em relação a dezembro (46.357). Contudo, foi registrado um avanço de 8,2% em comparação com janeiro do ano passado.
Brasil-México
Com relação ao Acordo Brasil-México, o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, reforçou que a melhor ação a se fazer é ampliar o acordo com a inclusão de outros setores brasileiros competitivos. “O governo está atento a todos os aspectos e resolveu encontrar soluções, já que houve um desequilíbrio na balança, com um negativo de cerca de US$ 700 milhões. Isso tudo é normal, as crises chegam e os países querem se proteger”, afirmou.
O executivo, que também é presidente da Fiat do Brasil, declarou ainda que o rompimento do acordo seria a pior solução possível. “O índice de confiança do consumidor é afetado por essas situações de crise. De qualquer forma, há um prazo mínimo legal de 14 meses para mudanças nas regras, ou mesmo a anulação. E o Brasil é um país em desenvolvimento, e vai seguir crescendo e recebendo investimentos nos próximos anos. Há muitas empresas interessadas neste grande mercado que é o brasileiro”, concluiu em tom otimista.
Fonte: Auto Esporte